Sessão III

As viagens dos diretores e técnicos

Organizadores: Tomás Martínez Vara (Universidad Complurtense de Madrid) y Miguel Muñoz Rubio (Fundación de los Ferrocarriles Españoles)

Ana Cardoso de Matos, CIDEHUS-UÉ (Portugal)
Os tirocínios no terreno e as viagens de estudo dos engenheiros portugueses que estudaram na École de Ponts et Chaussés de Paris.

Em 1851, com o golpe de Estado do duque de Saldanha iniciou-se em Portugal um novo regime político, a Regeneração que procurou modernizar o país e incluiu entre os seus principais objectivos o desenvolvimento das redes viárias e ferroviárias, que se considerava um factor essencial à criação do mercado nacional.

A necessidade crescente de engenheiros civis que projectassem e dirigissem as linhas de caminho de ferro obrigou a que os engenheiros portugueses completassem a sua formação no estrangeiro. Um dos destinos privilegiados foi a École de Ponts et Chaussés de Paris. Durante a sua formação nesta escola os engenheiros portugueses realizaram no período de férias viagens de estudo (tirocínios) que os colocaram em contacto com as obras que se estavam a realizar em França, nomeadamente as ligadas ao caminho de ferro, as quais seguiam as mais recentes técnicas de construção. Durante a sua estadia alguns destes engenheiros tiveram também oportunidade de contactar com as mais modernas inovações técnicas ligadas aos caminhos de ferro que foram apresentadas nas exposições universais que se realizaram em Paris. Das várias viagens que realizaram estes engenheiros eram obrigados a apresentar relatórios.

Nesta comunicação serão analisados os relatórios das visitas de estudo realizada pelos engenheiros portugueses durante o período em que realizaram a sua formação na Ecole de ponts e chaussées de Paris e que foram publicados no Boletim do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Industria ou que fazem parte do seu processo individual que se encontra no arquivo do antigo MOPCI.

 

Hugo Silveira Pereira e Bruno Navarro, Universidade Nova de Lisboa (Portugal)
The importance of travels of learning of experts for the transfer of knowledge in the railway sector: the case of Portuguese narrow-gauge (1870s-1920s).

When railway construction was initiated in Portugal in the 1850s, the main objective was to connect the shoreline, mainly the harbours of Lisbon and Porto to the border with Spain, and thence to the European core nations (Alegria 1990). This left out of the projected network wide regions of the country, many of which represented in the collective imaginary as very rugged, poor, and with low economic potential, where the construction of railroads could not be cost effective. Similar dilemmas occurred in the colonies, where investment in public works started in the 1870s (Navarro 2018). Colonial territories were perceived as rich in resources, but very vast and teemed by harsh geographical obstacles. Consequently, to bring trains and locomotives to those regions, it was necessary to find a low-cost technical solution. Such solution was narrow-gauge railroads. In this paper, we analyse how this technology was transferred from the European core to Portugal and its colonies via a travel circuit of learning by Portuguese engineers and transfer of knowledge from abroad, and how it was developed through a mixture of Portuguese and foreign expertise. We will focus on two Portuguese engineers, whose role was fundamental in this process: engineer Francisco Maria de Sousa Brandão and engineer Cândido Celestino Xavier Cordeiro. Sources for this paper include parliamentary debates, technical reports published in the technical press of the time, and the of the advisory bodies of the Ministry of Public Works.
References.

 

Ana Sousa
As visitas de trabalho ao estrangeiro e a formulação de soluções para o caminho de ferro em Portugal – o papel da CP.

Inaugurado em 1856 o caminho-de-ferro veio trazer novas profissões e exigir novos conhecimentos e formação técnica. Consciente da necessidade de formar mão-de-obra especializada, as companhias de caminhos de ferro que operavam em Portugal, criaram infraestruturas e desenvolveram programas de formação que colmatassem as carências existentes no país bem como as suas próprias necessidades.

Na década de vinte, a organização industrial do trabalho oficinal na maior empresa ferroviária do Pais, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses (CP), sofreu profundas alterações. Estas foram resultado da introdução de modernas técnicas de organização de trabalho e de novas fontes de energia que vieram alterar a fisionomia da oficina e a produtividade da mesma, tornando necessária a preparação adequada dos operários de forma a que fossem elementos conscientes e conhecedores da sua missão.

As necessidades decorrentes da nova organização do trabalho e da renovação de mão-de-obra qualificada, especialmente nas áreas do material circulante, levou a que a CP promovesse a criação de escolas de formação: as escolas de aprendizes – Barreiro, Entroncamento e Porto – e ainda as Escolas de Contramestres e Chefes de Brigada e escola de Maquinistas e Fogueiros.

Em simultâneo promove e organiza visitas de trabalho, também designadas por missões de estudo, às empresas ferroviárias europeias e a partir dos anos 30 alarga essas visitas aos EUA.

Estas visitas, com particular incidência nas áreas do material circulante, eram compostas pelos quadros superiores da companhia (administrador e diretor da divisão e serviço) bem como, outros elementos incluindo o mestre de oficina e contramestre.

Foram estas visitas que permitiram a criação de massa critica que se mostrou fundamental para a definição e implementação de novas soluções de inovação e modernidade no sector ferroviário nacional.

Com este trabalho pretende-se abordar estas visitas, com especial incidência na área do material tração e oficinas, bem como a formulação de soluções que preconizaram.

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Inmaculada Aguilar Civera, Catedrática de Historia del Arte, Universidad de Valencia Fundación Juanelo Turriano (Espanha)
José Eugenio Ribera. Crónicas de viajes y la mirada del ingeniero.

La intensa vida de José Eugenio Ribera (1864-1936) como ingeniero de caminos canales y puertos, como empresario de Obras Públicas, como promotor de ferrocarriles y como profesor de la Escuela de Caminos, transcurre, a su vez, entre comisiones oficiales, asistencias a congresos, viajes de empresa, estancias profesionales y visitas turísticas. El intercambio de conocimiento era uno de los objetivos, pues si bien consideraba necesario realizar viajes al extranjero para conocer las últimas y relevantes obras realizadas, también creía que la ingeniería española debía ser conocida por su excelencia y novedades tecnológicas.

Acudió a Suiza a ver la obra de Probst para elaborar el proyecto del viaducto de Pino; o al Havre para visitar el dique de carena del puerto cuando estaba realizando el de Cádiz; asistió, oficialmente comisionado, a varios Congresos profesionales, en Estocolmo, París, Buenos Aires, Amsterdam, Viena, Madrid y Lieja, presentando con ponencias y conferencias los trabajos mas originales realizados en España. Importante son sus aportaciones en el campo del ferrocarril. Como empresario y pionero del uso del hormigón armado, difundió su propio sistema en diferentes países, bien a través de obras realizadas bien a través de una intensa relación con revistas extranjeras (Le Génie Civil, Le Ciment, Beton und Eisen). Su actividad empresarial le llevó a conocer muchos países (Oporto, Amberes, Escandinavia, URSS, etc.), en algunos como Marruecos y Guinea ecuatorial, del protectorado español, intervino en la construcción de ferrocarriles y carreteras. De otros países como Brasil, Chile, Uruguay nos dejó interesantes informes; hay que destacar la relevancia política que tuvo el viaje a Argentina, como comisionado del ministerio, acompañando a la infanta Doña Isabel. De todo ello tenemos constancia en sus numerosas publicaciones y en su expediente personal como ingeniero de Caminos. Colaboró asiduamente en la Revista de Obras Públicas, Cemento Armado, La Construcción Moderna, Ferrocarriles y Tranvías, Acero y Hormigón, etc.).

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Tomás Martínez Vara, Universidad Complutense de Madrid (Espanha)
Maristany y sus Impresiones de un viaje por los Estados Unidos.

Aunque no fuera un viajero asiduo, Eduardo Maristany realizó numerosos desplazamientos al exterior, casi siempre por razones de trabajo. Esta comunicación se ocupa básicamente del que hizo el directivo catalán en la primavera de 1905 a Washington, y de la obra que publicó aquel mismo año: Impresiones de un viaje por los Estados Unido. La razón del viaje estuvo en la celebración del VII Congreso de Ferroviario, al que se dedicará un pequeño apartado, en la capital estadounidense; la razón del libro en su deseo de plasmar en él no las cuestiones ferroviarias “discutidas y dilucidadas” en el Congreso, que para eso Maristany consideraba que ya existían otros canales autorizados, sino lo que de lo visto y observado de aquel joven país merecía la pena “llamar la atención”, empezando, claro es, por lo que a un impenitente ferroviario como él más le había asombrado: “la potencia colosal y la libre organización de los ferrocarriles americanos, palanca principal” de su gran riqueza. Maristany dedicó toda la primera parte de la obra (“Impresiones de ferrocarriles”) a analizar y comparar las ferroviarias yankees con las europeas para ver en qué unas eran mejor que otras, y describió bastante meticulosidad los rasgos propios de lo que hoy, gracias a Chandler, identificamos como gran empresa moderna, nacida en los ferrocarriles estadounidense. Pero, si la primera arte del libro resultó ser un trabajo original, y muy actual, la segunda (“Impresiones diversas”), totalmente desconocida hasta hoy, no le fue a la zaga. Fuera del ámbito ferroviario, Maristany admiró de Estados Unidos la importancia dada a la educación (en particular las Universidades y Bibliotecas públicas),a la higiene pública y privada, pero sobre todo a la “disciplina social o espíritu colectivo” a que todo el mundo se sometía “ (el marco institucional). Obviamente, la fuente principal de la comunicación será el libro de Maristany.

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Juanjo Olaizola Elordi, UNED/Museo Vasco del Ferrocarril (Espanha)
Tres técnicos de la Compañía del Norte en la República de Weimar.

En 1929 el Ingeniero Jefe de Material y Tracción de la Compañía del Norte, René Flobert, en compañía del Subjefe de Tracción, Eugenio Theureau, y el Subjefe de Talleres Principales, Juan López-Vázquez, realizaron una visita a la República de Weimar para conocer de primera mano los principales avances de los ferrocarriles alemanes. Aunque el objetivo principal de la expedición era el estudio de la utilización del carbón pulverizado en las locomotoras de vapor, lo que habría permitido aprovechar combustibles de baja calidad en las locomotoras españolas, en el viaje también se analizaron los últimos desarrollos en locomotoras de alta presión y los nuevos modelos de máquinas de la época. Asimismo, estudiaron algunos de los principales talleres de mantenimiento de material móvil de la red alemana, así como la importante fábrica de locomotoras Henschel, en Kasel.

Tras este viaje, sus protagonistas elaboraron una amplia memoria de 152 páginas, profusamente ilustrada con planos y fotografías, en la que recogían los principales frutos de su experiencia y proponían su posible aplicación en la Compañía del Norte, aunque la inmediata crisis de los años treinta imposibilitó su materialización a gran escala.

En la comunicación que se propone presentar en el VIII Congreso de Historia Ferroviaria se abordarán los aspectos técnicos y organizativos de los ferrocarriles alemanes que más interesaron a los técnicos de Norte y la aplicación que pudieran llegar a tener en España.

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Juan Carlos Casas Rodríguez, Agencia de Noticias Ferroviarias (Espanha)
La gira de tres directivos de la Cía. del Norte en 1935 para conocer los últimos modelos de automotores diésel utilizados en Europa.

Desde los primeros años de la década de los años 30 del pasado siglo XX, los directivos de la Cía. del Norte intuían que la tracción diésel sería un alternativa en el futuro a la tracción a vapor. Por ello, la Cía. inició la explotación de algunas líneas con automotores diésel, pero de una manera moderada, con pocos vehículos, pese a la fiabilidad que ofrecían.

Para conocer mejor las características y los resultados de los automotores diésel que circulaban en algunas Compañías europeas, tres directivos de la Cía. del Norte emprendieron un viaje por Francia, Alemania, Austria, Hungría e Italia. Salieron de España con la orden de visitar y examinar de cerca el mayor número de automotores diésel posible, todo ellos del ‘tipo pesado’.

El fin último del viaje era redactar un informe al Consejo de Administración en el cual, teniendo en cuenta todos los apartados, desde el económico hasta el técnico, expusieran si para ellos se podía considerar idóneo, en futuras adquisiciones de material por parte de la Cía., aumentar el número de automotores diésel de su parque motor.

Exposición de las impresiones, entrevistas, visitas y viajes de los tres directivos de la Cía. del Norte, los cuales estuvieron 24 días fuera de España en el mes de febrero de 1935. Y explicación de las causas que les llevó a una conclusión final, que fue la de aconsejar al Consejo de Administración obrar con cautela antes de lanzarse a adquirir automotores diésel a gran escala para viajes de largo recorrido.

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Jesús Enrique Arnaiz Barrero – Universidad de Alcalá (Espanha)
Viajar para unificar: análisis de una expedición de estudios ferroviarios a Alemania.

En los meses de abril y mayo de 1940 una comisión nombrada por el Ministerio de Obras Públicas español, y formada por notables técnicos ferroviarios de diversas empresas e instituciones del país, viajó a Alemania como respuesta a una invitación del Ministerio de Comunicaciones germano. El interés de la comisión se centró principalmente en el material rodante —tanto de tracción como remolcado—, aunque sus observaciones se extendieron, igualmente, a la red ferroviaria —vías, estaciones, talleres y demás instalaciones— y a las fábricas. Estos especialistas plasmaron sus impresiones en una memoria, fechada en noviembre del mismo año, que describe tanto los avances que llamaron su atención como la posible aplicación de estos a los ferrocarriles españoles de la época. Como cabe suponer, se trata de un documento de carácter multidisciplinar, que abarca áreas tan diversas como los sistemas de tracción y auxiliares de los vehículos, el estado de las vías y sus características técnicas o la organización del trabajo.

Esta ponencia tiene como pretensión estudiar el mencionado documento, que resulta especialmente relevante no sólo por la información que puede aportar sobre el estado de ambas redes ferroviarias, sino por el conocimiento que supone sobre los aspectos que más preocupaban a los ingenieros patrios de la inmediata posguerra. Además de describir la visita, también se analizará la repercusión que dicho aprendizaje tuvo en los ferrocarriles españoles.

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Miguel Muñoz Rubio, Museo del Ferrocarril de Madrid (Espanha)
El «Plan Marshall» ferroviario y los viajes de estudio de RENFE a Estados Unidos.

La firma en 1953 de los «Pactos de Madrid» entre España y Estados Unidos tuvo como consecuencia derivada que varias comisiones de directivos y técnicos de Renfe realizaran, durante los años cincuenta del siglo XX, diferentes «viajes de estudio» al país americano. Todos ellos se sumaron, como una aportación más, a la financiación que recibió Renfe gracias a dichos acuerdos, lo que se aborda en la primera parte de esta comunicación. En la segunda se estudia, en concreto, esta forma de transferencia de conocimiento, es decir, cómo fueron los viajes, qué materias fueron examinadas in situ y qué consecuencias tuvieron en el devenir de Renfe.

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